20060531
foi em um dia que eles se encontraram por acaso no cinema
_______
sozinhos
_______
Marcadores: imageticas, tarot
20060530
eu aqui contando historias pra voce dormir enquanto voce devia era acordar!
.
uma gotinha de óleo me olhando
.
______
Marcadores: aleajack, quemfoiquemedeus
20060529
não sei se é só comigo mas quando eu repito uma palavra muitas vezes muitas vezes em voz alta a palavra vai perdendo o sentido
fica vazia de significado vira só som
____
fica vazia de significado vira só som
____
Marcadores: aleajack
andando agora há pouco vindo descendo a augusta, a augusta de manhã com os bares que recém expulsaram os bêbados pra poderem servir café da manhã e a luz do sol batendo lá no alto dos prédios, descendo aos poucos, a luz como disseram que ia acontecer na era de aquário, mas ainda não começou a era de aquário não é, essa transição astro nômica? lógica? demora pra acontecer e nós pobres coitados só vemos a peça começar a se mover e nos vamos e quem vive mais do que nós pra poder notar não se preocupa com isso, de astrologia e nomia, por exemplo pega aquela tartatuga que viveu 250 anos, estava por aí desde a época do darwin, será que já era uma tartaruga esclerosada? e o que pode uma tartaruga esquecer que faça falta para ela? quer dizer, ela só precisa se preocupar com comer e fica alí, curtindo uma brisa e depois come mais, meio besta, imagina viver 250 anos assim, mas as tartarugas em liberdade devem viajar bastante, sair andando e chegar e outra parte muito longe assim, devagarzinho, eu tive uma tartaruga que fugiu. ela ficava em um quintal enorme ao menos parecia enorme pra mim naquela época com 7, 8 anos e ela simplesmente sumiu. um dia, não lembro mais quando. e depois, muito tempo depois, eu voltei naquela casa e quem morava lá tinha cimentado tudo, cortou a goiabeira e o jambeiro da minha infância, pôs umas grades em uma janela no muro, onde as pessoas conversavam através, ficavam sentadas, ficou horrível a casa. e talvez a tartaruga ainda estivesse viva nessa época. talvez esteja viva agora. como aquela árvore, eu li outro dia: pegaram uma semente de uma tamareira da época de cristo e deram um super tratamento fertilizante e a fiadaputa brotou e hoje tem uma árvore que ficou 2000 anos esperando pra nascer e está viva, é essa aqui:
_______
_______
Marcadores: aleajack, imageticas, umbigo
20060528
esperando
esperando
esperando
chegou!
desculpa gente, o trânsito estava um horror!
_______
Marcadores: imageticas, tarot
20060527
há quase um ano
indo para Fundacao Miró
escada rolante externa, o amor entre os lagartos,
o jardim, uma fonte de mercúrio na fundação miró
publicado com Vimeo
_______
indo para Fundacao Miró
escada rolante externa, o amor entre os lagartos,
o jardim, uma fonte de mercúrio na fundação miró
publicado com Vimeo
_______
Marcadores: umbigo, videotices
20060526
20060525
ouvindo:
publicado com Castpost
se quiser guardar, baixeaqui
um grupo com o inacreditável nome de Quintal de Colorofila, que gravou isso em 83!
_______
publicado com Castpost
se quiser guardar, baixeaqui
um grupo com o inacreditável nome de Quintal de Colorofila, que gravou isso em 83!
_______
Marcadores: eusintomusica
objet trouvé
notícia da folha de hoje
Jovem palestino lança pedras durante operação realizada por forças de Israel na Cisjordânia
____
notícia da folha de hoje
Jovem palestino lança pedras durante operação realizada por forças de Israel na Cisjordânia
____
Marcadores: imageticas, redesenhas
20060524
a quem interessar possa
foi muito bom ontem! queria ter escrito algo quando cheguei mas eram 4 da manhã e eu estava acabado.
para um grupo que estava quase moribundo o zaratruta até que se mostrou bem vivo.
valeu, Sesc Ribeirão!
ingredientes da ação:
4 telas de 4 metros formando um cubo
2 ou 3 performers dentro do cubo, projetando sombras nas telas.
uma câmera dentro do cubo, projetando nas paredes externas do cubo o que acontece lá dentro.
música, música, música! pré-gravada, executada ao vivo, falada nos mics sem fio.
_____
foi muito bom ontem! queria ter escrito algo quando cheguei mas eram 4 da manhã e eu estava acabado.
para um grupo que estava quase moribundo o zaratruta até que se mostrou bem vivo.
valeu, Sesc Ribeirão!
ingredientes da ação:
4 telas de 4 metros formando um cubo
2 ou 3 performers dentro do cubo, projetando sombras nas telas.
uma câmera dentro do cubo, projetando nas paredes externas do cubo o que acontece lá dentro.
música, música, música! pré-gravada, executada ao vivo, falada nos mics sem fio.
_____
Marcadores: redesenhas, umbigo
20060523
obsceno
eu construo a minha narrativa incompleta
mas só me satisfaço com a dos outros
___
Marcadores: aleajack
 | joguetes dos deuses  |  |
____
Marcadores: imageticas, tarot
20060522
eu estou usando um novo navegador, o Opera. não aconselho, a menos que você seja um geek ou pseudo-geek como eu, mas enfim, o fato é que o Opera as vezes não carrega direito as imagens e me brinda com pérolas de acaso como estas que vieram do blog dos esqueletos:
Marcadores: amigoseamigas, imageticas
o som da caixa de sombras (um deles, quer dizer)
publicado com Castpost
ou então pega o som aqui
____
publicado com Castpost
ou então pega o som aqui
____
Marcadores: eusintomusica, redesenhas
saudades de viagem,
há pouco mais do que um ano:
Olinda, Pernambuco, Brasil
publicado com Vimeo
____
há pouco mais do que um ano:
Olinda, Pernambuco, Brasil
publicado com Vimeo
____
Marcadores: redesenhas, umbigo, videotices
20060521
queridíssimas pessoas
venho até aqui para informar que o zaratruta vai apresentar a experiência denominada caixa de sombras em ribeirão preto, no sesc de lá.
será na terça feira, dia 23, as 21h30
se estiver por perto apareça, vai ser divertido.
sesc ribeirão preto
dia 23 as 21h30
www.performancia.com.br
_____
venho até aqui para informar que o zaratruta vai apresentar a experiência denominada caixa de sombras em ribeirão preto, no sesc de lá.
será na terça feira, dia 23, as 21h30
se estiver por perto apareça, vai ser divertido.
sesc ribeirão preto
dia 23 as 21h30
www.performancia.com.br
_____
Marcadores: redesenhas, umbigo
20060520
agora há pouco eu era a música mas neste exato momento eu sou estas letrinhas desfilando neste deserto
já não sou mais
___
Marcadores: aleajack, quemfoiquemedeus, umbigo
um pouco mais de política, lembrando que o nobre deputado abaixo já escreveu e publicou bons livros:
FERNANDO GABEIRA
Os bandidos na mesa do café
Depois de uma hora de braçadas tranqüilas, saio da piscina e subo numa arquibancada de madeira para tirar a toalha da mochila. Olho para uma edificação baixa de tijolos vermelhos, com uma placa: alameda Paissandu. Diante dela, mesas brancas, cadeiras. Numa delas dorme o gato Amaral. O sacana do Amaral, como o chamamos: gordo, castrado, sonolento, ainda assim faz das suas, encostando-se nas gatas, irritando a torcida do Flamengo, "precisamos acabar com esses gatos no clube".
Nesses momentos de contemplação, nuvens desenhando anéis em torno da estátua do Cristo, sinto uma dor por ter dedicado tantos anos à política, com tão escassos resultados. Invade-me uma vontade de mudar de vida, fazer como o narrador do romance "O Enigma da Chegada" (de V.S. Naipaul), que se retira para o interior e passa apenas a observar e escrever o que está na sua frente.
Segunda-feira, auge da crise de violência em São Paulo, parti para Brasília para fazer um discurso de solidariedade e propostas, pensado durante o fim de semana sangrento. Não pude realizá-lo até o fim, embora o plenário estivesse vazio. Minha palavra foi cortada por um presidente ocasional. Ele vem do Norte toda segunda-feira e assume a presidência porque não há ninguém para abrir as sessões. Dá a impressão aos seus eleitores de que é importante, embora já tenha sua prisão preventiva decretada e inúmeras processos. Limitei-me a dizer: "Vossa Excelência é um bandidaço", embora soubesse que até os insultos seriam usados por ele junto aos eleitores como sinal de importância. A um jornal de Brasília, declarou que aqueles que assistem à TV no seu Estado pensam que é o presidente da Câmara.
Ele é desse numeroso e sórdido grupo com que, depois de tantos anos de lutas e sonhos, tenho de conviver no café da Câmara: contas fantasmas, entidades fantasmas, ambulâncias superfaturadas, desvios de verbas no hospital do câncer. A própria luz do Planalto atravessando as vidraças e banhando os flocos de poeira que flutuam nos torna também fantasmas, e você olha a mancha de iogurte na mesa do café, duvida se aquilo não é um ectoplasma desses putos que pintam o cabelo e beliscam a bunda das secretárias.
Marcola, o líder do PCC, já leu mais livros do que todos eles juntos; os da minha geração, que tiveram uma base político-militar -não no sentido de terem feito ações armadas, mas por terem curiosidade em relação às leis da guerra-, esses praticamente saíram de cena.
Fiquei surpreso ao perguntar por um grande nome do Partido Verde alemão, que surgiu nos anos 60, e soube que, ao deixar o governo, está quase aposentado. Lembrei de tantos outros que se voltaram para suas especialidades acadêmicas, dos que morreram, dos que simplesmente deram uma banana para a idéia de transformar o mundo.
De uma certa maneira, foram poupados dessa humilhação que sinto todos os dias ao ver que os bandidos estão triunfando na vida pública, que não só tomaram conta de tudo mas também tomam café ao seu lado, riem para você, falam sobre o tempo e reclamam da dureza da vida política.
É uma ilusão pensar que o mundo do crime ignora essas variáveis. Marcola já esteve aqui depondo e, nos poucos minutos que passei pela sala, olhou-me com muita freqüência, como se quisesse dizer: com esse tipo de gente me interrogando jamais sairá outra coisa, além do desprezo recíproco.
O mundo que está ruindo aos meus pés é muito desconcertante, pois leva consigo toda uma forma de pensar a política que nos reduz ao ridículo de tentar trazer a guerra urbana de São Paulo para o parlamento e ser interrompido por um idiota que está posando de presidente para seus eleitores do Norte.
O mundo que está ruindo nos impõe a humilhação de chamar de Congresso brasileiro um lugar onde os dirigentes da mesa estão mergulhados num escândalo e nem sequer pedem licença para serem investigados, um lugar onde o corregedor, num ano eleitoral, foi o primeiro a ser multado pela Justiça por fazer propaganda fora de tempo.
Numa semana tão importante, talvez não devesse enfatizar minhas frustrações. Acontece que não estou sendo humilhado sozinho, nem o está a pequena parcela de deputados honestos.
Enquanto não se desvendar o elo entre as quadrilhas que queimam ônibus, metralham policiais, fuzilam inocentes e os bandidos que nos cercam, poucos vão sentir a humilhação que sinto. E quando falo de vínculo não me refiro a advogados, emissários ou mesmo um ou outro deputado que possa estar ligado ao crime organizado. Refiro-me ao plano simbólico tão bem expresso na célebre frase carioca: está tudo dominado.
O tudo dominado revela-se não apenas em números mas também em encenações falsas, pequenas omissões, um rígido controle da agenda para que venha à tona o debate dos verdadeiros problemas do país.
Aqui as matracas, os "treisoitões", as bananas de dinamite transfiguram-se em questões de ordem, permita-me um aparte, regimentos internos. Aqui e ali, no Planalto, onde instalamos um governo destinado precisamente a mudar tudo isso e que, no fim das contas, apenas exacerbou o processo, degradando-se e nos degradando.
Só penso em aposentadoria quando vejo o Amaral, gordo, castrado e sacana: divagações à beira da piscina. Não rolei tanto barranco para entregar o ouro aos bandidos. Se há uma boa maneira de viver os últimos dias, essa maneira ainda é o combate.
@ - contato@gabeira.com.br
___
FERNANDO GABEIRA
Os bandidos na mesa do café
Depois de uma hora de braçadas tranqüilas, saio da piscina e subo numa arquibancada de madeira para tirar a toalha da mochila. Olho para uma edificação baixa de tijolos vermelhos, com uma placa: alameda Paissandu. Diante dela, mesas brancas, cadeiras. Numa delas dorme o gato Amaral. O sacana do Amaral, como o chamamos: gordo, castrado, sonolento, ainda assim faz das suas, encostando-se nas gatas, irritando a torcida do Flamengo, "precisamos acabar com esses gatos no clube".
Nesses momentos de contemplação, nuvens desenhando anéis em torno da estátua do Cristo, sinto uma dor por ter dedicado tantos anos à política, com tão escassos resultados. Invade-me uma vontade de mudar de vida, fazer como o narrador do romance "O Enigma da Chegada" (de V.S. Naipaul), que se retira para o interior e passa apenas a observar e escrever o que está na sua frente.
Segunda-feira, auge da crise de violência em São Paulo, parti para Brasília para fazer um discurso de solidariedade e propostas, pensado durante o fim de semana sangrento. Não pude realizá-lo até o fim, embora o plenário estivesse vazio. Minha palavra foi cortada por um presidente ocasional. Ele vem do Norte toda segunda-feira e assume a presidência porque não há ninguém para abrir as sessões. Dá a impressão aos seus eleitores de que é importante, embora já tenha sua prisão preventiva decretada e inúmeras processos. Limitei-me a dizer: "Vossa Excelência é um bandidaço", embora soubesse que até os insultos seriam usados por ele junto aos eleitores como sinal de importância. A um jornal de Brasília, declarou que aqueles que assistem à TV no seu Estado pensam que é o presidente da Câmara.
Ele é desse numeroso e sórdido grupo com que, depois de tantos anos de lutas e sonhos, tenho de conviver no café da Câmara: contas fantasmas, entidades fantasmas, ambulâncias superfaturadas, desvios de verbas no hospital do câncer. A própria luz do Planalto atravessando as vidraças e banhando os flocos de poeira que flutuam nos torna também fantasmas, e você olha a mancha de iogurte na mesa do café, duvida se aquilo não é um ectoplasma desses putos que pintam o cabelo e beliscam a bunda das secretárias.
Marcola, o líder do PCC, já leu mais livros do que todos eles juntos; os da minha geração, que tiveram uma base político-militar -não no sentido de terem feito ações armadas, mas por terem curiosidade em relação às leis da guerra-, esses praticamente saíram de cena.
Fiquei surpreso ao perguntar por um grande nome do Partido Verde alemão, que surgiu nos anos 60, e soube que, ao deixar o governo, está quase aposentado. Lembrei de tantos outros que se voltaram para suas especialidades acadêmicas, dos que morreram, dos que simplesmente deram uma banana para a idéia de transformar o mundo.
De uma certa maneira, foram poupados dessa humilhação que sinto todos os dias ao ver que os bandidos estão triunfando na vida pública, que não só tomaram conta de tudo mas também tomam café ao seu lado, riem para você, falam sobre o tempo e reclamam da dureza da vida política.
É uma ilusão pensar que o mundo do crime ignora essas variáveis. Marcola já esteve aqui depondo e, nos poucos minutos que passei pela sala, olhou-me com muita freqüência, como se quisesse dizer: com esse tipo de gente me interrogando jamais sairá outra coisa, além do desprezo recíproco.
O mundo que está ruindo aos meus pés é muito desconcertante, pois leva consigo toda uma forma de pensar a política que nos reduz ao ridículo de tentar trazer a guerra urbana de São Paulo para o parlamento e ser interrompido por um idiota que está posando de presidente para seus eleitores do Norte.
O mundo que está ruindo nos impõe a humilhação de chamar de Congresso brasileiro um lugar onde os dirigentes da mesa estão mergulhados num escândalo e nem sequer pedem licença para serem investigados, um lugar onde o corregedor, num ano eleitoral, foi o primeiro a ser multado pela Justiça por fazer propaganda fora de tempo.
Numa semana tão importante, talvez não devesse enfatizar minhas frustrações. Acontece que não estou sendo humilhado sozinho, nem o está a pequena parcela de deputados honestos.
Enquanto não se desvendar o elo entre as quadrilhas que queimam ônibus, metralham policiais, fuzilam inocentes e os bandidos que nos cercam, poucos vão sentir a humilhação que sinto. E quando falo de vínculo não me refiro a advogados, emissários ou mesmo um ou outro deputado que possa estar ligado ao crime organizado. Refiro-me ao plano simbólico tão bem expresso na célebre frase carioca: está tudo dominado.
O tudo dominado revela-se não apenas em números mas também em encenações falsas, pequenas omissões, um rígido controle da agenda para que venha à tona o debate dos verdadeiros problemas do país.
Aqui as matracas, os "treisoitões", as bananas de dinamite transfiguram-se em questões de ordem, permita-me um aparte, regimentos internos. Aqui e ali, no Planalto, onde instalamos um governo destinado precisamente a mudar tudo isso e que, no fim das contas, apenas exacerbou o processo, degradando-se e nos degradando.
Só penso em aposentadoria quando vejo o Amaral, gordo, castrado e sacana: divagações à beira da piscina. Não rolei tanto barranco para entregar o ouro aos bandidos. Se há uma boa maneira de viver os últimos dias, essa maneira ainda é o combate.
@ - contato@gabeira.com.br
___
Marcadores: redesenhas
20060519
20060518
20060517
nesta cidade aqui descobriu-se que um grande evento cataclísmico iria ocorrer em breve.
para preservar sua arquitetura de gerações, para preservar a própria alma da cidade esculpida nas pedras de seus lugares
resolveram transferir os edifícios, as ruas, as casas,
transferiram a cidade inteira para outro terreno
levaram a cidade para o fundo do mar
___
para preservar sua arquitetura de gerações, para preservar a própria alma da cidade esculpida nas pedras de seus lugares
resolveram transferir os edifícios, as ruas, as casas,
transferiram a cidade inteira para outro terreno
levaram a cidade para o fundo do mar
___
Marcadores: imageticas, minhascidades
20060516
eu defendo o álcool (o vinho!) e outros alteradores de consciência como caminho para chegar a uma divindade, o encontro com o criador encharcado pelo Mundo
___
___
Marcadores: quemfoiquemedeus, redesenhas
era uma vez várias pessoas. elas queriam criar algo juntas. mas também queriam brilhar elas mesmas por si só, cada uma delas.
elas colecionavam problemas e trocavam eles uns com uns outros.
na verdade não era nada disso, o fato é que algumas pessoas eram o problema de outras... a convivência começou a ficar insuportável. problemas insolúveis. neuroses individuais ocupando o espaço que deveria ser da criação. o desgaste da convivência em atrito: não rolou.
a força de repulsão passou a ser maior que a força de atração, maior do que a vontade de criar juntos.
e para não misturar a vontade de criação com toda aquela neurose individual tornada coletiva, o grupo se desfez. e ponto.
oferecer aos deuses a carne desagregada porém pulsante em estertores
do coletivo e fim
novo recomeço.
____
elas colecionavam problemas e trocavam eles uns com uns outros.
na verdade não era nada disso, o fato é que algumas pessoas eram o problema de outras... a convivência começou a ficar insuportável. problemas insolúveis. neuroses individuais ocupando o espaço que deveria ser da criação. o desgaste da convivência em atrito: não rolou.
a força de repulsão passou a ser maior que a força de atração, maior do que a vontade de criar juntos.
e para não misturar a vontade de criação com toda aquela neurose individual tornada coletiva, o grupo se desfez. e ponto.
oferecer aos deuses a carne desagregada porém pulsante em estertores
do coletivo e fim
novo recomeço.
____
Marcadores: redesenhas, umbigo
agora são paulo aprendeu o medo que o carioca sente. falo com conhecimento de causa porque sou do rio, mas vivo em sampa.
agora acabou a arrogância paulista, o falso conforto que a distância da periferia causa. a situação tá aí, colocada.
e quem é que vai desmontar a bomba? ou pelo menos começar a fazer isso?
pobre são paulo e pânico em sp. os anos 80 estão na moda, ainda.
____
agora acabou a arrogância paulista, o falso conforto que a distância da periferia causa. a situação tá aí, colocada.
e quem é que vai desmontar a bomba? ou pelo menos começar a fazer isso?
pobre são paulo e pânico em sp. os anos 80 estão na moda, ainda.
____
Marcadores: redesenhas, umbigo
nada como algumas poucas e boas situações fortes e impressionantes para contraporem-se ao marasmo do diadia vulgar e hipnotizante
tipo isso de pcc e o carái, são paulo parou mesmo não tendo estacionamento pra todo mundo, são paulo sentiu o medo que o rio sente, a periferia chegou perto, aterrorizou. mas pode bem funcionar como um ACORDA!
pra ver se muda algo, alguma ação que inicie um caminho para o Bem de vez em quando, nem que seja pelo susto, pela sociedade gritando.
mas nada a consequência vai ser como sempre a guerra, a repressão, o combate ao invés do plantio. o plantio do futuro que se f*!
o barato é o sadismo da repressão, da oposição, do poder, bem coisa de homem essa nóia de guerra
____
tipo isso de pcc e o carái, são paulo parou mesmo não tendo estacionamento pra todo mundo, são paulo sentiu o medo que o rio sente, a periferia chegou perto, aterrorizou. mas pode bem funcionar como um ACORDA!
pra ver se muda algo, alguma ação que inicie um caminho para o Bem de vez em quando, nem que seja pelo susto, pela sociedade gritando.
mas nada a consequência vai ser como sempre a guerra, a repressão, o combate ao invés do plantio. o plantio do futuro que se f*!
o barato é o sadismo da repressão, da oposição, do poder, bem coisa de homem essa nóia de guerra
____
Marcadores: redesenhas
20060515
no início dos Tempos, Deus recolheu todos os problemas que poderiam existir e saiu distribuindo um tanto pra cada ser recém-criado.
então ele deu corda no universo e daí começou a Criação.
portanto, eu sinto muito mas esses problemas aí são todos seus,
cuide bem deles...
____
Marcadores: quemfoiquemedeus
árido movie, vá ver antes que saia de cartaz.
não é ótimo mas tem umas cenas bem boas, e a fotografia dá uma luz bastante alucinógena ao sertão.
o lírio ferreira é bom pra criar quadros, situações mas não em exato pra contar uma história encadeada, linear por isso o filme no início tem um tom artificial na narrativa, mas depois que o sertão aparece o filme ganha o sentido, todo o delírio e toda a questão indígena e a questão da água, e o personagem que é tragado para um universo estranho onde ele tem uma missão e nem sabia disso. e tem o zé celso e tem o lirinha do cordel e a giulia gam que eu sempre achei muito boa.
buenas, na média o filme é um tanto acima, grande realização do companheiro lírio
____
não é ótimo mas tem umas cenas bem boas, e a fotografia dá uma luz bastante alucinógena ao sertão.
o lírio ferreira é bom pra criar quadros, situações mas não em exato pra contar uma história encadeada, linear por isso o filme no início tem um tom artificial na narrativa, mas depois que o sertão aparece o filme ganha o sentido, todo o delírio e toda a questão indígena e a questão da água, e o personagem que é tragado para um universo estranho onde ele tem uma missão e nem sabia disso. e tem o zé celso e tem o lirinha do cordel e a giulia gam que eu sempre achei muito boa.
buenas, na média o filme é um tanto acima, grande realização do companheiro lírio
____
Marcadores: redesenhas
a matéria é violenta porque as sub-partículas quânticas não sentem dor
___
Marcadores: aleajack, quemfoiquemedeus
sabe quando ce cansa do próprio estilo?
cansei de mim mesmo.
vou ali dar uma volta e já volto.
____
cansei de mim mesmo.
vou ali dar uma volta e já volto.
____
Marcadores: imageticas, umbigo
20060514
skol beats, o prodigy não permitiu o registro em vídeo do show, uma pena, o show foi duca. um pouco antes disso eu quase morri no meio da multidão que começou a criar movimentos tectônicos de gente e tinha MUITA gente e não tinha espaço para todo mundo e o povo começou a empurrar e você não tinha mais controle, tinha que ir com o fluxo de pessoas que te espremiam e eu estava com câmera, tripé, bolsa e se um caísse no chão ali, fudeu. um esperiência de despersonalização, de particulização das pessoas. tipo aterrorizante e inesquecível.
____
____
Marcadores: redesenhas, umbigo
20060513
hoje tem skol beats, amanhã tem videozinho aqui, talvez um trechinho do prodigy quem sabe o lcd soundsystem
____
____
Marcadores: redesenhas, umbigo
20060512
a entropia tem fome e vem comendo esta cidade aos poucos,
sem que ninguém perceba, as coisas vão sumindo,
somem os objetos depois somem as pessoas, e
vão sumindo aos poucos, todas as pessoas
ficam apenas as construções e os espaços
que depois se consomem também
dentro do caldo da entropia
____
sem que ninguém perceba, as coisas vão sumindo,
somem os objetos depois somem as pessoas, e
vão sumindo aos poucos, todas as pessoas
ficam apenas as construções e os espaços
que depois se consomem também
dentro do caldo da entropia
____
Marcadores: imageticas, minhascidades
20060511
20060510
20060509
uia que massa isso:
http://www.tse.gov.br/eleicoes/urna_eletronica/simulacao_votacao/UrnaApplet2.htm
quem me mandou foi esse figura:
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=2293964811169924845
____
http://www.tse.gov.br/eleicoes/urna_eletronica/simulacao_votacao/UrnaApplet2.htm
quem me mandou foi esse figura:
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=2293964811169924845
____
Marcadores: redesenhas, umbigo
20060508
20060507
muito bom o podcast (ou se preferirem, simplesmente um programa de rádio) do matias.
nessas horas me bate uma inveja e qualquer hora faço um também :)
muito divertido fazer um programa de rádio, saudades da radio muda
___
nessas horas me bate uma inveja e qualquer hora faço um também :)
muito divertido fazer um programa de rádio, saudades da radio muda
___
Marcadores: eusintomusica, umbigo
quando eu crescer quero ser o laerte
claro que até lá o laerte já vai ser outra coisa
_____
claro que até lá o laerte já vai ser outra coisa
_____
Marcadores: redesenhas, umbigo
hans staden ( de memória )
pegou um barco e foi pro paraíso
lá chegando viu que o paraíso tava em guerra. e ele tava do lado errado, quer dizer do lado certo pra ele e não pros índios que capturaram ele. e os índios comiam gente, comiam os inimigos. ele só se salvou porque souber fazer o jogo, a representação, negociou o imaginário com os índios. ganhou uma mulher índia, engordou. mas não foi comido, se safou, voltou pra oropa e escreveu o livro para glória maior do senhor lá dele.
________
pegou um barco e foi pro paraíso
lá chegando viu que o paraíso tava em guerra. e ele tava do lado errado, quer dizer do lado certo pra ele e não pros índios que capturaram ele. e os índios comiam gente, comiam os inimigos. ele só se salvou porque souber fazer o jogo, a representação, negociou o imaginário com os índios. ganhou uma mulher índia, engordou. mas não foi comido, se safou, voltou pra oropa e escreveu o livro para glória maior do senhor lá dele.
________
Marcadores: aleajack, redesenhas
Assinar Postagens [Atom]
