20070206
da série: "não confie nas minhas resenhas"
O HOMEM DUPLO
Richard Linklater fez um filme que me deixou chapado: "Waking Life". Não é exatamente um filme... talvez seja mais apropriado chamar de "um livro audiovisual". Apesar do visual leve gerado pela técnica de rotoscopia que transforma a gravação com atores e cenários reais em um lisérgico desenho animado, o espectador é submetido a uma hora e meia de divagações filosóficas profundas, ingênuas ou simplesmente interessantes.
Agora, o diretor de "Antes do Amanhecer" e "Antes do Pôr-do-Sol" volta com um filme que usa a mesma técnica lisérgica de rotoscopia mas faz o caminho inverso: cria uma experiência genuinamente cinematográfica a partir de uma narrativa literária.
O livro "A Scanner Darkly" publicado por Philip K. Dick em 1977, imagina um futuro onde um estado policial extremamente controlador luta contra uma droga especifica, a "Substância D". Essa droga, amplamente utilizada pela população, basicamente destrói o cérebro. Começa por dificultar a comunicação entre os seus dois hemisférios, causa paranóia, esquizofrenia e depois simplesmente derrete os neurônios deixando a pessoa inútil.
O filme conta a história de um policial, Keanu Reeves, com uma missão.
No entanto, e isso a gente só vai saber depois, nem ele sabe qual exatamente era a sua missão.
E o mais incrível é que, apesar de parecer o contrário, o filme aponta para um final feliz. Não para o personagem dele, infelizmente. Mas isso não é nenhuma novidade, desde a primeira cena percebe-se que o sujeito não está nada bem.
É um daqueles filmes que te fazem pensar, mas te deixam tenso, perturbado.
A prova é que ao final saem todos imediatamente correndo do cinema, com pressa de respirar um ar puro e desbaratinar daquela paranóia toda.
Eu adorei, senão não estaria escrevendo sobre ele, e fiquei até o final dos créditos como sempre.
O filme tem ainda interpretações ótimas de Robert Downey Jr, Woody Harrelson e Wynona Rider, todos beirando a caricatura e com uma bela ajuda da rotoscopia, principalmente Robert Downey Jr, que é responsável pela cena de suicídio mais engraçada que eu já assisti. Bom, talvez seja a única cena de suicídio que eu já assisti. O melhor do filme é certamente os diálogos entre eles, todos loucos de "Substância D".
Se você nunca usou drogas e não gosta de nada disso, não veja, você vai odiar.
Hehe.
. . . . . .
O HOMEM DUPLO
Richard Linklater fez um filme que me deixou chapado: "Waking Life". Não é exatamente um filme... talvez seja mais apropriado chamar de "um livro audiovisual". Apesar do visual leve gerado pela técnica de rotoscopia que transforma a gravação com atores e cenários reais em um lisérgico desenho animado, o espectador é submetido a uma hora e meia de divagações filosóficas profundas, ingênuas ou simplesmente interessantes.
Agora, o diretor de "Antes do Amanhecer" e "Antes do Pôr-do-Sol" volta com um filme que usa a mesma técnica lisérgica de rotoscopia mas faz o caminho inverso: cria uma experiência genuinamente cinematográfica a partir de uma narrativa literária.
O livro "A Scanner Darkly" publicado por Philip K. Dick em 1977, imagina um futuro onde um estado policial extremamente controlador luta contra uma droga especifica, a "Substância D". Essa droga, amplamente utilizada pela população, basicamente destrói o cérebro. Começa por dificultar a comunicação entre os seus dois hemisférios, causa paranóia, esquizofrenia e depois simplesmente derrete os neurônios deixando a pessoa inútil.
O filme conta a história de um policial, Keanu Reeves, com uma missão.
No entanto, e isso a gente só vai saber depois, nem ele sabe qual exatamente era a sua missão.
E o mais incrível é que, apesar de parecer o contrário, o filme aponta para um final feliz. Não para o personagem dele, infelizmente. Mas isso não é nenhuma novidade, desde a primeira cena percebe-se que o sujeito não está nada bem.
É um daqueles filmes que te fazem pensar, mas te deixam tenso, perturbado.
A prova é que ao final saem todos imediatamente correndo do cinema, com pressa de respirar um ar puro e desbaratinar daquela paranóia toda.
Eu adorei, senão não estaria escrevendo sobre ele, e fiquei até o final dos créditos como sempre.
O filme tem ainda interpretações ótimas de Robert Downey Jr, Woody Harrelson e Wynona Rider, todos beirando a caricatura e com uma bela ajuda da rotoscopia, principalmente Robert Downey Jr, que é responsável pela cena de suicídio mais engraçada que eu já assisti. Bom, talvez seja a única cena de suicídio que eu já assisti. O melhor do filme é certamente os diálogos entre eles, todos loucos de "Substância D".
Se você nunca usou drogas e não gosta de nada disso, não veja, você vai odiar.
Hehe.
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Marcadores: redesenhas
Comentários:
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hehe,parece que vale a pena ver...e faz tempo que não assisto algo...
ah,da próxima vez,ajude o inseto,siga teu instinto...viajamos na maionese heim...pensei que só eu era meio louca assim...
bjos
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ah,da próxima vez,ajude o inseto,siga teu instinto...viajamos na maionese heim...pensei que só eu era meio louca assim...
bjos
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