20070222
Desocupação será de modo pacífico, afirmam famílias
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
As 468 famílias que ocuparam e vivem no edifício no número 911 da avenida Prestes Maia, no centro de São Paulo, vão "resistir de maneira pacífica" à reintegração de posse marcada para o próximo domingo, dia 25.
Por ordem da Justiça, o edifício de 22 andares, ocupado em novembro de 2002, deverá ser esvaziado e devolvido aos donos, os empresários Jorge Hamuche (dono de uma fábrica de jeans) e Eduardo Amorim, que têm dívidas de cerca de R$ 5 milhões junto ao poder público por conta de impostos atrasados do imóvel.
A coordenadora das famílias que ocupam o prédio, Jomarina Abreu Pires da Fonseca, disse ontem que todos estão preparados para a chegada da PM, "mas de maneira pacífica". "Vamos esperar a PM chegar, mas com as portas fechadas. Eles vão ter de abrir todas [portas] e esse será nosso protesto", disse.
Uma ação política é a única chance de as famílias não deixarem o edifício, diz.
A PM não confirmou a data da reintegração nem quis detalhar a operação.
.....
Se essa desocupação realmente ocorrer eu não dou dois anos para os donos terem suas dívidas renegociadas ou anistiadas e venderem o prédio.
Isso é triste.
Uma população que luta para transformar a própria realidade, apesar da miséria da falta de educação pública de qualidade, ser tratada assim pelo poder público.
E quem vai abrir a caixa-preta da "justiça" no Brasil para ver a quais interesses esses juizes que julgam defendendo sempre quem tem dinheiro (mesmo que não tenham razão) estão servindo?
E como este prédio há muitos outros prédios no centro de São Paulo, abandonados e com a porta murada e lacrada, servindo apenas à especulação imobiliária.
Esperando a hora certa para surfarem na revitalização.
Caramba, revitalização é ter gente morando e trabalhando no Centro!
O paulistano tem medo do Centro porque o Centro, apesar de ser um dos bairros mais bonitos dessa cidade feia, é maltratado!
Basta cuidar bem do Centro, dar incentivos, trazer vida noturna para o Centro (por exemplo) que a tal revitalização acontece.
Mas "esse povo" que hoje mora no Centro não serve. O poder público prefere expulsar todo mundo para que a classe-média-decadente-mas-com-crédito não tenha nojo de morar alí.
Enfim, fico meio revoltado com essa história toda.
. . . . . . .
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
As 468 famílias que ocuparam e vivem no edifício no número 911 da avenida Prestes Maia, no centro de São Paulo, vão "resistir de maneira pacífica" à reintegração de posse marcada para o próximo domingo, dia 25.
Por ordem da Justiça, o edifício de 22 andares, ocupado em novembro de 2002, deverá ser esvaziado e devolvido aos donos, os empresários Jorge Hamuche (dono de uma fábrica de jeans) e Eduardo Amorim, que têm dívidas de cerca de R$ 5 milhões junto ao poder público por conta de impostos atrasados do imóvel.
A coordenadora das famílias que ocupam o prédio, Jomarina Abreu Pires da Fonseca, disse ontem que todos estão preparados para a chegada da PM, "mas de maneira pacífica". "Vamos esperar a PM chegar, mas com as portas fechadas. Eles vão ter de abrir todas [portas] e esse será nosso protesto", disse.
Uma ação política é a única chance de as famílias não deixarem o edifício, diz.
A PM não confirmou a data da reintegração nem quis detalhar a operação.
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Se essa desocupação realmente ocorrer eu não dou dois anos para os donos terem suas dívidas renegociadas ou anistiadas e venderem o prédio.
Isso é triste.
Uma população que luta para transformar a própria realidade, apesar da miséria da falta de educação pública de qualidade, ser tratada assim pelo poder público.
E quem vai abrir a caixa-preta da "justiça" no Brasil para ver a quais interesses esses juizes que julgam defendendo sempre quem tem dinheiro (mesmo que não tenham razão) estão servindo?
E como este prédio há muitos outros prédios no centro de São Paulo, abandonados e com a porta murada e lacrada, servindo apenas à especulação imobiliária.
Esperando a hora certa para surfarem na revitalização.
Caramba, revitalização é ter gente morando e trabalhando no Centro!
O paulistano tem medo do Centro porque o Centro, apesar de ser um dos bairros mais bonitos dessa cidade feia, é maltratado!
Basta cuidar bem do Centro, dar incentivos, trazer vida noturna para o Centro (por exemplo) que a tal revitalização acontece.
Mas "esse povo" que hoje mora no Centro não serve. O poder público prefere expulsar todo mundo para que a classe-média-decadente-mas-com-crédito não tenha nojo de morar alí.
Enfim, fico meio revoltado com essa história toda.
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